Atualizada às 13h50 - 19/10/2015

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, decretou nova prisão preventiva do presidente da maior empreiteira do País, Marcelo Bahia Odebrecht, e de dois executivos ligados ao grupo, Rogério Araújo e Marcio Faria nesta segunda-feira, 19. O magistrado aceitou também a nova denúncia apresentada na sexta-feira, 16, contra a cúpula da empreiteira.

Os empresários estão presos deste 19 de junho na deflagração da Operação Erga Omnes, a 14ª fase da Lava Jato. A decisão de hoje é a segunda ordem de prisão contra os executivos, desta vez acusados de pagamento de R$ 137 milhões em propinas em oito contratos da Petrobrás, entre 2004 e 2011.

Moro indeferiu o pedido do Ministério Público Federal para nova ordem de prisão preventiva contra o executivo César Ramos Rocha, que também está preso desde 19 de junho.

"Defiro parcialmente o requerido pelo MPF e decreto, com base no artigo 312 do CPP, em vista dos riscos à investigação, à instrução criminal e à aplicação da lei penal, nova prisão preventiva de Rogério Santos de Araújo, Márcio Fária da Silva e Marcelo Bahia Odebrecht, desta feita instrumental a esta ação penal.

"A custódia havia sido pedida pelo Ministério Público Federal em nova denúncia contra os executivos apresentada na sexta-feira, 16. A força-tarefa imputa a eles a prática de 64 crimes. Os procuradores da República que subscrevem a denúncia pedem que seja decretado o perdimento 'do proveito e produto dos crimes', em valor mínimo de cerca de R$ 137 milhões, além do pagamento de danos mínimos de R$ 275 milhões em favor da estatal referentes aos oito contratos.

"Presentes indícios suficientes de autoria e materialidade, recebo a denúncia contra os acusados acima nominados, Cesar Ramos Rocha, Marcelo Bahia Odebrecht, Márcio Faria da Silva, Pedro José Barusco Filho, Renato de Souza Duque e Rogério Santos de Araújo".